Clube viaja 30 mil km para disputar competição que reúne 7 mil times, inclusive o PSG
Copa da França tem representantes gigantes do país e equipes de territórios subordinados a França, que fazem trajetos malucos para disputar partidas
Esportesnoinsta|Do R7
A Copa do Brasil é comumente vendida como a “competição mais democrática do país”, por reunir, nas 92 vagas, clubes da primeira a quarta divisão, além dos nanicos que apenas jogam campeonatos estaduais. Times dos 26 estados e do Distrito Federal jogam o torneio.
No entanto, quando o assunto é a Copa da França, principal competição mata-mata do país europeu, dá para esperar mais da CBF em relação à competição brasileira. A competição francesa reúne impressionantes 7.355 clubes, desde os gigantes, PSG, Lyon e Olympique de Marseille, clubes amadores até times de ex-colônias francesas, localizadas a milhares de quilômetros do país.
Nesta edição, um clube de São Pedro e Miquelão, um território de pouco mais de seis mil habitantes no oceano atlântico, outro da Polinésia Francesa, no meio do oceano pacífico, mais um de Maiote, um departamento ultramarino, localizado ao norte de Moçambique, e um representante da Nova Caledônia, arquipélago na Oceania, irão enfrentar longas viagens para participar da Copa francesa.
Por que estes clubes jogam a competição?
Todos os territórios citados acima (São Pedro e Miquelão, Polinésia Francesa, Maiote e Nova Caledônia) são dependentes da França. Ou seja, não possuem independência política e soberania. Desta forma, um cidadão de uma pequena ilha na Oceania e Kyllian Mbappé, astro da seleção, possuem o mesmo presidente.
Desta forma, desde a edição de 1961/62, clubes “estrangeiros” participam da competição. Neste ano, na 107ª edição da competição, o AS Saint Pierraise, o AS Pirae, o AS Rosador e Hienghene Sport serão esses representantes, entrando na primeira rodada.
A inclusão de times a milhares de quilômetros de cidades francesas cria situações curiosas, com deslocamentos malucos para jogar a competição.
O AS Pirae, do Taiti, ilha da Polinésia Francesa, viajou 31 mil quilômetros para Paris, capital do país, para enfrentar o FC Saint-Méziéry, da sexta divisão.
O simpático clube da Oceania fez um voo de mais de 20h para chegar a cidade da luz. Além de uma recepção da Miss Taiti, no aeroporto, os jogadores aproveitaram a estadia no país para assistir a um treino da seleção francesa, e tietar as estrelas, como Mbappé e Griezmann.
A partida será realizada neste sábado, às 10h (de Brasília).
Já o FC Thionville, da quinta divisão francesa, localizada no nordeste francês, viajou mais de 16 mil quilômetros até a Nova Caledônia, para duelar contra o Hienghène Sport, um dos principais times do seu território, que até disputou o Mundial de Clubes, em 2019.
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Mas se engana quem acha que o elenco do pequeno clube ficaria chateado em ter que fazer um voo de 20h, e lidar com um fuso horário de 10 horas a mais do que eles estavam acostumados, nada disso.
Pelas redes sociais do Thionville, é possível ver que os jogadores aproveitaram a estadia para conhecer as praias paradisíacas de Noumea, capital da Nova Caledônia.
O time entra em campo neste sábado (18), em busca de uma vaga na segunda fase.
A melhor participação de um clube “estrangeiro” na Copa da França foi com o Club Franciscain, de Martinica, que chegou às oitavas de final, em 2005. O sonho da equipe terminou após ser goleado pelo Angers, da primeira divisão francesa, por 5 a 0.
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