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MP da Bahia denuncia quadrilha suspeita de desviar mais de R$ 400 mil em doações via chave Pix

Entre os investigados estão dois jornalistas; Justiça da Bahia acredita que eles formaram uma organização criminosa

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O Ministério Público da Bahia denunciou 12 pessoas suspeitas de desviar doações. Entre os investigados estão dois jornalistas. Eles organizavam campanhas de arrecadação de dinheiro para pessoas com dificuldades financeiras, a maioria doentes e muito pobres. Os promotores afirmam que as chaves Pix divulgadas pelos jornalistas pertenciam, na verdade, aos integrantes do grupo que controlava todos os depósitos. Para a Justiça da Bahia, eles formaram uma organização criminosa. Mais de R$ 400 mil foram desviados e não chegaram para quem precisava. A Justiça da Bahia considera que esses indivíduos formaram uma organização criminosa. O valor total desviado é estimado em mais de R$ 400 mil. A tecnologia utilizada para facilitar as transações foi o QR code, frequentemente utilizado como chave PICs. As investigações indicam que o esquema durou um ano e cinco meses e foi descoberto em fevereiro do ano passado após um amigo do jogador Taliska perceber discrepâncias nas informações sobre as chaves PICs durante uma campanha no programa "A Balanço Geral Tarde", onde Jamerson atuava como editor-chefe. Os jornalistas foram demitidos por justa causa em março de 2023 após a emissora investigar o caso. As apurações revelaram que cerca de 75% das arrecadações ficavam com os envolvidos na quadrilha enquanto apenas uma pequena parte era destinada às verdadeiras vítimas das campanhas. Dona Maria de Fátima é citada como vítima direta desse golpe; ela recebeu apenas R$ 3 mil dos R$ 27.600 arrecadados para sua causa através dos jornalistas. As contas bancárias dos acusados foram rastreadas pela Polícia Civil da Bahia, levando à identificação dos responsáveis pelas movimentações financeiras irregulares. Os três principais envolvidos – Marcelo Castro, Jamerson Birindiba Oliveira e Lucas Costa Santos – são apontados como participantes ativos no esquema criminoso ao longo das campanhas. Em maio do ano passado, eles prestaram depoimentos à polícia negando envolvimento nos desvios financeiros. Atualmente, todos os denunciados enfrentam medidas cautelares impostas pela justiça e podem responder por crimes relacionados a apropriação indébita, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa. O processo está sendo encaminhado para análise na vara especializada competente devido à gravidade das acusações apresentadas pelo Ministério Público.

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