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Abusos sexuais no transporte põem em xeque decisões da Justiça

Caso mais emblemático foi de homem que ejaculou em mulher no ônibus

Retrospectiva 2017|Giorgia Cavicchioli, do R7

Diego Ferreira Novais cometeu ao menos 16 crimes
Diego Ferreira Novais cometeu ao menos 16 crimes

Abusos sexuais no transporte público chocaram a população durante o ano de 2017. O mais emblemático deles foi o cometido por Diego Ferreira Novais na avenida Paulista, região central de São Paulo em agosto deste ano.

Um homem ejaculou no pescoço da mulher enquanto ela estava cochilando dentro do ônibus. Na ocasião, o motorista parou o veículo e o cobrador conseguiu fazer com que o suspeito não fugisse.

Depois disso, o homem passou por audiência de custódia no Fórum Criminal da Barra Funda e foi solto pela Justiça de São Paulo. A decisão do juiz José Eugênio do Amaral Souza Neto foi considerada polêmica e movimentou as redes sociais com comentários de pessoas contra e a favor da decisão judicial.

Em sua decisão, o juiz disse que entendia que “não houve constrangimento, tampouco violência ou grave ameaça, pois a vítima estava sentada no banco do ônibus, quando foi surpreendida pela ejaculação do indiciado”.


Quatro dias depois de ser liberado, o homem cometeu outro abuso na mesma região. Dessa vez, o caso aconteceu na avenida Brigadeiro Luis Antônio. Ele teria praticado outro ato obsceno contra uma moça dentro do coletivo.

Em depoimento à Polícia Civil, Diego disse que gostaria de ser acompanhado por um especialista de psiquiatria.


Com uma ficha em que constam ao menos 16 crimes sexuais, o rapaz foi condenado, em setembro a dois anos de prisão pelo primeiro caso da Paulista que aconteceu em 2013. Na ocasião, ele foi acusado de, dentro de um ônibus na avenida Brigadeiro Luis Antônio, colocar a mão nas partes íntimas de uma estudante.

Depois da grande repercussão que os casos envolvendo Diego tiveram, outros casos de abuso no transporte público vieram à tona. Outro caso aconteceu em 24 de outubro dentro de um ônibus que seguia pela rua da Consolação para a praça Ramos.


De acordo com o relato da vítima à Polícia Civil, após adormecer no banco dos fundos da condução, a estudante de 22 anos acordou com um homem passando a mão em suas partes íntimas. Nesse caso, o suspeito conseguiu fugir do ônibus.

Durante este ano, também foram registrados abusos sexuais dentro do Metrô de São Paulo. Levantamento inédito feito pelo R7 mostrou que a cada dois dias, um caso que acontece nesse meio de transporte é registrado pela Polícia Civil.

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