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Estado Islâmico perde força e territórios, mas mantém atentados em 2016

Intervenção russa e esforços das nações aliadas lideradas pelos EUA vêm dando resultado

News|Do R7*

Estado Islâmico perdeu o controle de cidades importantes na Síria e no Iraque nos últimos meses
Estado Islâmico perdeu o controle de cidades importantes na Síria e no Iraque nos últimos meses Estado Islâmico perdeu o controle de cidades importantes na Síria e no Iraque nos últimos meses

Em meio a ofensivas das coalizões internacionais e aos ataques aéreos da Rússia, o grupo terrorista Estado Islâmico começou 2016 mantendo os atentados em massa na Europa que o caracterizaram nos últimos anos. Por outro lado, perdeu força no Oriente Médio e viu sua extensão territorial diminuir significativamente neste ano.

Iniciada em setembro de 2015, a intervenção russa na Síria, somada aos esforços das nações aliadas lideradas pelos EUA, vem dando resultado. Nos últimos meses, o Estado Islâmico perdeu o controle de cidades importantes.

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Até setembro, o grupo havia perdido mais da metade dos territórios que controlava no Iraque, e viu seus acessos de fronteira à Turquia, por onde escoava a maior parte do petróleo contrabandeado, serem fechados — o que também dificultou a chegada de novos militantes.

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Em outubro, iniciou-se uma das mais importantes ofensivas contra o Estado Islâmico, que pode determinar o início do fim do grupo. Depois de três meses de planejamento, forças de segurança iraquianas lançaram uma enorme ofensiva para recuperar o controle da autodeclarada capital dos jihadistas no Iraque, Mossul.

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A ofensiva conta com reforço de combatentes peshmerga (Exército curdo no Iraque), grupos tribais sunitas e milícias xiitas — todos apoiados pela coalizão internacional encabeçada pelos Estados Unidos.

Atentados

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Antes de sofrer com a ofensiva mais forte no Oriente Médio, o Estado Islâmico manteve os atentados em massa na Europa na primeira metade do ano.

No dia 22 de março de 2016, um dos mais mortais ataques já registrados na Bélgica deixou 32 pessoas mortas depois que três homens-bomba belgas do Estado Islâmico se explodiram no aeroporto e no metrô de Bruxelas.

Durante as investigações, a polícia encontrou ligações do ataque com os atentados de novembro em Paris, também cometidos pelo Estado Islâmico. 

Atentado com caminhão em Nice, na França, matou pelo menos 84 pessoas e feriu dezenas
Atentado com caminhão em Nice, na França, matou pelo menos 84 pessoas e feriu dezenas Atentado com caminhão em Nice, na França, matou pelo menos 84 pessoas e feriu dezenas

Dois meses depois, no dia 14 de julho, um homem armado jogou um caminhão de carga contra uma multidão que comemorava o Dia da Bastilha na cidade francesa de Nice, matando pelo menos 84 pessoas e ferindo dezenas. O autor do ataque, que também foi reivindicado pelo Estado Islâmico, foi identificado como um francês com raízes tunisianas.

Nos meses seguintes, cresceu a pressão contra o Estado Islâmico em seus territórios na Síria e no Iraque. Com o foco dos líderes se voltando para a sobrevivência do grupo, os terroristas passaram a incentivar ataques cometidos pelos chamados "lobos solitários" — extremistas que agem sozinhos em ações menos planejadas. 

Síria

Abalado politicamente pela guerra civil que já dura mais de 5 anos e isolado pela comunidade internacional, o ditador sírio Bashar Al Assad ganhou fôlego nos últimos meses por conta da intervenção da Rússia — sua aliada — no conflito.

A intervenção ajudou Damasco a virar o jogo contra insurgentes que vinham ganhando terreno continuamente, e deu uma influência decisiva a Moscou em detrimento da diplomacia.

Outro fator que deve ser decisivo para o futuro da Síria é a recente vitória do republicano Donald Trump nas eleições presidenciais norte-americanas. Ao longo da campanha, Trump ressaltou que seu foco será a destruição do Estado Islâmico, em contraste com a atual gestão, que tem como objetivo também a destituição de Assad. 

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O republicano disse ainda que não irá apoiar os rebeldes, diferente do que fez a gestão Obama, que chegou a fornecer apoio logístico e armamentos para os mesmos. Em resposta ao posicionamento de Trump, Assad declarou recentemente que o presidente eleito pode se tornar um "aliado natural" do governo de Damasco.

* Por Luis Felipe Segura

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