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Retrospectiva 2016
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Em ano de alto custo de vida, consumo das famílias cai e deixa economia patinando

Brasil ganhou 1 milhão de caloteiros em 2016. Agora, País tem mais de 58 mi de inadimplentes

News|Alexandre Garcia, do R7


Consumo das famílias brasileiras caiu nos últimos sete trimestres
Consumo das famílias brasileiras caiu nos últimos sete trimestres

As incertezas econômicas que assolaram os brasileiros ao longo de 2016 resultaram em alta no custo de vida aliada a uma queda significativa no consumo das famílias. O recuo do consumo ao longo dos três primeiros trimestres do ano chegou a 4,7%, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O resultado negativo apresentado entre os meses de julho e setembro corresponde ao sétimo recuo consecutivo do indicador (-0,8%). Para o IBGE, o dado pode ser explicado pelo comportamento dos indicadores macroeconômicos, como a inflação, juros, crédito, emprego e renda.

Dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) mostram que, em São Paulo, o Índice do Custo de Vida da população subiu 6,03% ao longo do ano. O diretor técnico da instituição, Clemente Ganz Lúcio, avalia que a redução reflete em todo o País e dificulta a movimentação da economia nacional.

— A situação da renda das famílias está comprometida pelo desemprego, pela queda dos salários, pelo endividamento e pelo encarecimento das dívidas.

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O presidente do Cofecon (Conselho Federal de Economia), Júlio Miragaya, explica que o cenário atual está diretamente ligado à queda do rendimento médio dos trabalhadores brasileiros. Segundo ele, isso acontece pelo alto volume de profissionais qualificados fora do mercado de trabalho aliado com um número grande de pessoas sujeitam a trabalhar por muito pouco.

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— Com o menor número de pessoas ocupadas, a massa salarial cai. Isso está automaticamente associado ao consumo das famílias porque as pessoas com menos dinheiro vão gastar menos.

Diante desse cenário de aumento do custo de vida e redução da renda das famílias, o Brasil ganhou mais de 1 milhão de novos nomes na lista inadimplentes em 2016. Em pesquisa feita em parceria com a CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), o SPC Brasil aponta que 58,7 milhões de consumidores brasileiros estavam com o CPF negativado até outubro. Em janeiro, o número de negativados no Brasil era de 57,6 milhões.

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Miragaya avalia que a curva de inadimplência deve se neutralizar nos próximos meses, mas afirma que a retomada econômica esperada para o terceiro trimestre não se efetivou e o ano de 2017 tende a começar ainda com dificuldades na área econômica.

— O Brasil vai começar 2017 mal. Tem muitas coisas que serão carregadas para o ano que vem.

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