Mulher sente cólica e descobre gravidez dois dias antes do parto: 'Nem tive chance de fazer enxoval'
Juliana Brasileiro, de 25 anos, chegou a ser diagnosticada com gases, mas ginecologista descobriu que dores eram contrações
Noinsta|PH Rosa, do R7

Uma jovem do Rio de Janeiro procurou atendimento médico para tratar uma cólica, e dois dias depois saiu com uma filha no colo. O caso aconteceu com Juliana Brasileiro, de 25 anos.
No dia 9 de outubro, ela se sentiu mal depois de ir ao cinema com o marido e alguns amigos. Com dores de cólica, Juliana foi à uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento), onde a médica disse que ela tinha sintomas de constipação e receitou remédios para gases e prisão de ventre, mas os sintomas só pioraram.
“Minha sogra veio aqui me disse para procurar a ginecologista dela para ver se ela pedia um ultrassom, porque poderia ser algo pior”, disse Juliana, em entrevista ao R7.
Quando chegou no consultório, a médica realizou um exame de toque e informou que ela estava grávida, já em trabalho de parto. A notícia era tão inesperada, que não só os pais da criança ficaram assustados.
“Meu pai é cardíaco e meu marido contou pra ele na lata. Meu pai ficou mudo no telefone, e a ligação caiu. Eu liguei pra família toda pra contar, mas só acreditaram quando viram foto da criança.”
Marina nasceu no dia 11 de outubro, no Hospital Albert Schweitzer, em Realengo, zona oeste do Rio, e precisou ficar alguns dias no hospital para realizar exames, já que Juliana não fez pré-natal e não sabia quanto tempo havia durado a gravidez.
“A obstetra me acalmou porque eu estava muito nervosa por não saber como seria minha vida com uma criança que eu não tinha planejado, ainda mais uma menina, que sempre foi meu sonho. Só que eu nem tive a chance de fazer um enxoval. Foi desesperador.”
Falta de planejamento

Juliana também é mãe de Martin, de 2 anos, e disse que a primeira gestação foi bem diferente dessa, já que conseguiu fazer os acompanhamentos desde o início e sentiu todos os sintomas.
"Na primeira eu fiquei enjoada, não conseguia comer, nem beber água. Nessa não, não tive nenhum sintoma, estava trabalhando normalmente. Ninguém dizia que eu estava grávida”, disse a jovem, que também revelou ter feito tatuagem e pintado o cabelo durante a gestação, justamente por não saber que esperava uma criança.
Assim que Marina nasceu, Juliana precisou se adaptar para cuidar de duas crianças com idades próximas.
“É cansativo, apesar dela ser bem calma, ela não chora, mas eu tenho outro filho de dois anos e tenho que me desdobrar. Da mesma forma que cuido dela, tenho que cuidar dele, pra ele não ficar sentido.”
Juliana trabalhava como assistente administrativa e foi demitida em julho. Para ajudar no orçamento, o marido dela trabalha como motorista de aplicativo, mas com os gastos inesperados, o casal abriu uma vaquinha online para arrecadar dinheiro para comprar o enxoval de Marina.
“Meu pai e a esposa dele compraram algumas coisas, minha sogra deu uma saída de maternidade, mas por eu estar desempregada, a gente está fazendo uma vaquinha para juntar dinheiro para comprar as fraldas, já que não fizemos chá de bebê.”