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Encontrei um animal doméstico ou silvestre!

Veterinária e biólogo orientam sobre o que fazer nestes casos

Noinsta|Do R7

Sabe o que diferencia uma pessoa qualquer de um protetor de animais? A atitude!

Para quem não tem tanta intimidade com esse lado "árduo" da situação dos animais no Brasil, já deve ter franzido a testa e pensado: "lá vem ela querendo enfiar animais em todo mundo..." Errado não está! Mas, na verdade, quero que enxergue a importância, claro que com responsabilidade, que VOCÊ pode ter na vida de um inocente.

Me surpreendi ao pesquisar dados sobre o número de animais abandonados no Brasil. O levantamento mais recente de um órgão oficial foi publicado em 2015 pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Na época, eram 30 milhões de animais, sendo 20 milhões de cães e 10 milhões de gatos.

Se essa era a realidade em 2015, consegue imaginar o número atualizado? Certamente aumentou e muito principalmente no pós-pandemia de Covid-19. Muitas famílias que adotaram pets no período de reclusão, simplesmente se desfizeram destes animais com a retomada da rotina. O resultado é esse cenário catastrófico exibido nas pequenas e grandes cidades: gatos e cachorros, com ou sem raça que nasceram nas ruas ou foram abandonados nelas.


Faltam políticas públicas de castração? Sem dúvida! Falta conscientização da população? Óbvio! Mas enquanto não há evolução, estamos aqui e podemos agir.

Últimos pets que resgatei
Últimos pets que resgatei

Vou compartilhar o que faço, tá?! Sei que isso não é possível para muitos e está tudo bem. Mas se de alguma maneira você que está lendo puder ajudar, saiba que vai fazer uma diferença enorme. Seguinte, carrego no meu carro uma sacola com capa para forrar os bancos, pote de ração, sachê para gato e para cachorro, uma garrafa de água, cobertor, roupinha e guias com coleiras. Sei que não tenho condição de resgatar todos os bichos que vejo nas ruas, mas da mesma forma que me dói ver uma pessoa em condição de vulnerabilidade, ignorar um bichinho não é opção, principalmente quando percebo que se trata de um animal ferido ou abandonado. Parar o carro indo ou voltando dos meus destinos faz parte da rotina. Ajudo com alimento aqueles que percebo que é possível. Já os que cruzam meu caminho em alguma situação de perigo...Não consigo descrever com palavras o sentimento que me toma - um misto de alívio por saber que estou mudando e assegurando proteção à um indefeso e muita impotência ao mesmo tempo.


Achei um animal! O que faço agora?

Vamos começar pelos pets domésticos e depois falamos sobre os animais silvestres.

A atitude de resgatar é nobre e implica responsabilidades! Caso o pet não apresente coleira com identificação, vale fotografá-lo e espalhar a imagem em grupos de conversas e redes sociais para que o possível tutor apareça. O ideal é pegar o bichinho e encaminhá-lo o quanto antes a um médico veterinário.


Em São Paulo, caso o animal encontrado apresente pelo menos o número do RGA - Registro Geral do Animal, é possível entrar em contato com a Secretaria Municipal da Saúde pelo telefone 156 ou diretamente pelo link https://sp156.prefeitura.sp.gov.br/portal/servicos/informacao?servico=804. Se o RGA estiver atualizado, o proprietário é acionado pela equipe e são passadas as informações de contato e local da pessoa que encontrou o animal.

Questionada sobre o acolhimento de animais, a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo afirma que "as remoções de cães e gatos são realizadas somente nos casos de relevância em saúde pública, nos casos de agressão, invasão a instituições públicas ou locais em situação de risco, bem como nos casos de animais em estado de sofrimento, como disposto na portaria de consolidação nº 05 do Ministério da Saúde/2017, artigos 231 e 232 e na lei municipal 15.023/2009, artigo 07."

Você pode resgatar o pet e oferecer ajuda provisória. Essa atitude salva muitas vidas, principalmente nos dias frios. Não necessariamente terá que ficar com ele para sempre. O compartilhamento de informações nas redes socias ajuda muito e enquanto o tutor ou o possível adotante não aparecer, siga com os cuidados de saúde necessários.

Caso não possa abrigar o animal por muito tempo e ninguém interessado aparecer, uma opção é a busca por lar temporário. São pessoas que hospedam pets em suas próprias residências ou abrigos mediante o pagamento de uma mensalidade (valor para cobrir os custos do animal). Pesquise em grupos sobre animais nas redes sociais e encontre o local mais próximo de sua casa.

Vale lembrar que as ONGs e outras entidades estão superlotadas. Enquanto a população de animais aumenta nas ruas, os abrigos agora na "medida do impossível" tentam resgatar, mas muitas vezes se desesperam com o aumento das despesas e a diminuição das adoções e contribuições.

Se o animal for silvestre...

Bom, agora que você já sabe o que fazer, te convido a segurar uma patinha e olhar bem nos olhos do animalzinho. Sou suspeita para falar sobre isso, mas se estiver de coração aberto, tenho certeza que essa conexão vai te mostrar o poder dos resgates em nossas vidas. Se ainda não passou por essa experiência, recomendo!

Essa patinha é da Esmeralda - uma vira-latas linda que em breve vou contar a história
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Aqui, ninguém solta a pata de ninguém!

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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