Donos de escola de SP investigada por maus-tratos são indiciados nove vezes por tortura

Os donos da escola particular Pequiá, no Cambuci, região central de São Paulo, presos deste o dia 27, foram indiciados nove vezes pelo crime de tortura, segundo a Polícia Civil. 

Andrea Moreira e Eduardo Kawano prestaram depoimento no 6º Distrito Policial (Cambuci) nesta terça-feira (4). Segundo o delegado Fábio Daré, os nove indiciamentos ocorrem porque nove crianças são consideradas vítimas de tortura na escola, até o momento. A pena para o crime de tortura vai de dois a oito anos.

A advogada Sandra Pinheiro de Freitas, que defende o casal, afirma que Andrea e Eduardo negam as acusações. A defensora disse ainda não ter sido informada sobre o indiciamento e que teve a informação da polícia de que o relatório só seria finalizado na quinta-feira (6).

O casal se entregou no último dia 27, um dia após a prisão temporária ser decretada. Os casos chegaram à polícia depois que uma professora gravou imagens que mostram situações como um menino amarrado pela blusa a um poste. A docente e pais de alunos decidiram então denunciar os fatos.

O caso

A Record TV teve acesso a um vídeo que mostra uma funcionária obrigando uma aluna de 1 ano e meio a permanecer no lugar em que estava, de joelhos, para que ela guardasse os brinquedos que estavam fora da caixa.

Outra imagem ainda mostra um aluno de 8 anos amarrado a um poste pelos braços com as mangas do moletom.

A Escola de Educação Pequiá atende alunos desde o ensino infantil até o 5º ano do ensino fundamental I. 

Após a divulgação do caso, a fachada da escola foi pichada com a seguinte frase: "Professor é para educar e não torturar".