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Defesa de Bolsonaro quer rejeição da ação e pede exclusão da minuta do golpe

Segundo os advogados, o ex-presidente, com um tom 'inadequado, ácido', fez colocações para 'aprimoramentos' do sistema eleitoral

Noinsta|Do R7

No julgamento da ação que pode levar à inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro, a defesa dele afirmou que a discussão sobre sistema eleitoral de votação não pode ser considerada um "tema tabu" na democracia. Além disso, o ex-ministro do TSE e advogado de defesa do ex-presidente Tarcísio Vieira Carvalho pediu a rejeição da ação contra Bolsonaro. 

Mais cedo, a defesa disse que já admite recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) caso seja derrotada no julgamento que pode tornar o ex-presidente inelegível. “A reunião foi um evento diplomático. Foi proposto um debate público para aprimorar o sistema”, disse a defesa de Bolsonaro.

O advogado ainda afirmou que a minuta do golpe apreendida pela PF na casa do ex-ministro Anderson Torres não poderia ser usada como prova. Segundo a defesa, a perícia da PF apenas encontrou duas digitais no documento, tendo classificado o documento como risível e apta a ir para o lixo.

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“Tentativa de golpe conectada a reunião com embaixadores? Essa pretensão não dependeria de outros [fatos]? Alguém que vai praticar golpe vai perder tempo em desacreditar a Justiça Eleitoral? Disputar eleições? Liderou a baderna do dia 8 de janeiro? Nada disso aconteceu. Houve um debate na reunião de julho, legítimo, salutar em torno do aprimoramento do sistema de votação. Proposta de melhoria na sistemática do sistema de votação”, afirmou.


Além disso, segundo a defesa, está em julgamento a reunião com os embaixadores, muito antes do início do período eleitoral e das eleições.

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“Em que o presidente, sim, talvez em tom inadequado, ácido, excessivamente contundente, fez colocações sobre o sistema eleitoral brasileiro, sobre aprimoramentos necessários, sobre o sistema de colheita de votos, a impropriedade da via eleita é patente”, disse.

A ação, que corre em sigilo, apura a conduta de Bolsonaro durante a reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada, ocorrida em julho de 2022, quando o então presidente criticou o sistema eleitoral brasileiro, levantou suspeitas sobre as urnas eletrônicas, sem apresentar provas, e atacou ministros do TSE e do Supremo Tribunal Federal.

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