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RJ registrou recorde de mortes em ações policiais em 2019; relembre

Morte de Ágatha, de Kauan e de 13 pessoas apontadas como suspeitas provocaram protestos e debates sobre ação da PM

Retrospectiva 2019|Do R7

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2019 foi o ano em que o Rio de Janeiro registrou um dos maiores índices de mortes por intervenção policial. Segundo dados do ISP (Instituto de Segurança Pública), entre janeiro e outubro, foram registradas 1.546 mortes durante operações policiais, contra 1.318 em 2019. Se comparado com os registros anuais desde 2003, este já é o maior índice dos últimos 16 anos. Esse recorde ocorre durante o primeiro ano do governador Wilson Witzel, eleito no ano passado, com discurso que defende a execução de suspeitos que andam armados em comunidades. “O recado está dado. Não enfrente a polícia. Se enfrentar a polícia só há dois caminhos: será preso ou morto. Nós não teremos leniência. Não teremos piedade com quem não tem respeito com o ser humano alheio”, disse o governador durante uma coletiva em julho deste ano. Relembre abaixo alguns casos de ações policiais que geraram mortes ou provocaram protestos de moradores durante 2019
No dia 8 de fevereiro, uma operação nos morros do Fallet e Fogueteiro, na região central do Rio, deixou 13 mortos, apontados pela polícia como integrantes do tráfico. Segundo familiares das vítimas, ao menos nove dos mortos foram executados. A ação gerou repúdio de órgãos de direitos humanos e de moradores da região. Alguns parentes formalizaram denúncia no MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) e também receberam orientação da Defensoria Pública. Em novembro, a Polícia Civil pediu à Justiça do Rio o arquivamento da investigação. O documento elaborado pela DH (Delegacia de Homicídios da Capital) concluiu que não houve indício de crime e que os policiais militares que participavam da ação naquela comunidade “agiram em legítima defesa" Leia mais: 'Por que não levaram preso?', questiona mãe de jovem morto na operação policial mais mortífera da década no Rio
Kauan Noslinde Pimenta Peixoto, de 12 anos, foi baleado durante uma operação na comunidade da Chatuba, em Mesquita, Baixada Fluminense. O caso aconteceu em 16 de março, e, na ocasião, Luciana Pimenta, mãe do menino, disse que moradores viram o jovem sendo algemado depois de ser baleado pelos policiais. Já o porta-voz da Polícia Militar, coronel Mário Fliess, afirmou que o adolescente estava atrás dos policiais durante um confronto na comunidade, o que daria indício de que ele teria sido baleado por traficantes
O jogador de futebol Dyogo Coutinho foi baleado durante uma operação da Polícia Militar na comunidade da Grota, em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro. No dia 12 de agosto, ele seguia para o treino quando foi atingido por um disparo. O avô do atleta da base do América-RJ, que é motorista de ônibus, passava pelo local quando suspeitou que a vítima no chão pudesse ser o jovem. Ele socorreu Dyogo, mas o adolescente de 16 anos não resistiu. Após sua morte, moradores da comunidade protestaram contra a ação policial na região
Em setembro deste ano, viaturas do Bope (Batalhão de Operações Especiais) da Polícia Militar destruíram algumas casas da região chamada de Rocinha 2, na Cidade de Deus, zona oeste do Rio. Segundo a corporação, os agentes faziam uma operação quando o veículo ficou preso na fiação elétrica. Alguns policiais tentaram soltar os fios, mas ao tentar sair do local, o “caveirão” acabou se chocando com algumas casas. A ação gerou protesto de moradores de uma das regiões mais precárias da favela. A PM informou na época que entraria em contato com moradores para ressarcir os danos provocados
A menina Ágatha Félix foi morta em 20 de setembro quando estava dentro de uma Kombi voltando para casa ao lado da mãe na comunidade da Fazendinha, no Complexo do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro. Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu ao ferimento. Na ocasião, a família acusou um policial militar de ter atirado em direção ao veículo sem ao menos haver operação na comunidade. De acordo com a Polícia Civil, o agente tentou atingir duas pessoas que passavam em uma moto pela região. Ele foi denunciado pelo Ministério Público e a Justiça o tornou réu

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2019 foi o ano em que o Rio de Janeiro registrou um dos maiores índices de mortes por intervenção policial. Segundo dados do ISP (Instituto de Segurança Pública), entre janeiro e outubro, foram registradas 1.546 mortes durante operações policiais, contra 1.318 em 2019. Se comparado com os registros anuais desde 2003, este já é o maior índice dos últimos 16 anos. Esse recorde ocorre durante o primeiro ano do governador Wilson Witzel, eleito no ano passado, com discurso que defende a execução de suspeitos que andam armados em comunidades. “O recado está dado. Não enfrente a polícia. Se enfrentar a polícia só há dois caminhos: será preso ou morto. Nós não teremos leniência. Não teremos piedade com quem não tem respeito com o ser humano alheio”, disse o governador durante uma coletiva em julho deste ano. Relembre abaixo alguns casos de ações policiais que geraram mortes ou provocaram protestos de moradores durante 2019
No dia 8 de fevereiro, uma operação nos morros do Fallet e Fogueteiro, na região central do Rio, deixou 13 mortos, apontados pela polícia como integrantes do tráfico. Segundo familiares das vítimas, ao menos nove dos mortos foram executados. A ação gerou repúdio de órgãos de direitos humanos e de moradores da região. Alguns parentes formalizaram denúncia no MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) e também receberam orientação da Defensoria Pública. Em novembro, a Polícia Civil pediu à Justiça do Rio o arquivamento da investigação. O documento elaborado pela DH (Delegacia de Homicídios da Capital) concluiu que não houve indício de crime e que os policiais militares que participavam da ação naquela comunidade “agiram em legítima defesa" Leia mais: 'Por que não levaram preso?', questiona mãe de jovem morto na operação policial mais mortífera da década no Rio
Kauan Noslinde Pimenta Peixoto, de 12 anos, foi baleado durante uma operação na comunidade da Chatuba, em Mesquita, Baixada Fluminense. O caso aconteceu em 16 de março, e, na ocasião, Luciana Pimenta, mãe do menino, disse que moradores viram o jovem sendo algemado depois de ser baleado pelos policiais. Já o porta-voz da Polícia Militar, coronel Mário Fliess, afirmou que o adolescente estava atrás dos policiais durante um confronto na comunidade, o que daria indício de que ele teria sido baleado por traficantes
O jogador de futebol Dyogo Coutinho foi baleado durante uma operação da Polícia Militar na comunidade da Grota, em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro. No dia 12 de agosto, ele seguia para o treino quando foi atingido por um disparo. O avô do atleta da base do América-RJ, que é motorista de ônibus, passava pelo local quando suspeitou que a vítima no chão pudesse ser o jovem. Ele socorreu Dyogo, mas o adolescente de 16 anos não resistiu. Após sua morte, moradores da comunidade protestaram contra a ação policial na região
Em setembro deste ano, viaturas do Bope (Batalhão de Operações Especiais) da Polícia Militar destruíram algumas casas da região chamada de Rocinha 2, na Cidade de Deus, zona oeste do Rio. Segundo a corporação, os agentes faziam uma operação quando o veículo ficou preso na fiação elétrica. Alguns policiais tentaram soltar os fios, mas ao tentar sair do local, o “caveirão” acabou se chocando com algumas casas. A ação gerou protesto de moradores de uma das regiões mais precárias da favela. A PM informou na época que entraria em contato com moradores para ressarcir os danos provocados
A menina Ágatha Félix foi morta em 20 de setembro quando estava dentro de uma Kombi voltando para casa ao lado da mãe na comunidade da Fazendinha, no Complexo do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro. Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu ao ferimento. Na ocasião, a família acusou um policial militar de ter atirado em direção ao veículo sem ao menos haver operação na comunidade. De acordo com a Polícia Civil, o agente tentou atingir duas pessoas que passavam em uma moto pela região. Ele foi denunciado pelo Ministério Público e a Justiça o tornou réu

2019 foi o ano em que o Rio de Janeiro registrou um dos maiores índices de mortes por intervenção policial. Segundo dados do ISP (Instituto de Segurança Pública), entre janeiro e outubro, foram registradas 1.546 mortes durante operações policiais, contra 1.318 em 2019. Se comparado com os registros anuais desde 2003, este já é o maior índice dos últimos 16 anos. Esse recorde ocorre durante o primeiro ano do governador Wilson Witzel, eleito no ano passado, com discurso que defende a execução de suspeitos que andam armados em comunidades. “O recado está dado. Não enfrente a polícia. Se enfrentar a polícia só há dois caminhos: será preso ou morto. Nós não teremos leniência. Não teremos piedade com quem não tem respeito com o ser humano alheio”, disse o governador durante uma coletiva em julho deste ano. Relembre abaixo alguns casos de ações policiais que geraram mortes ou provocaram protestos de moradores durante 2019

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