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Incêndios e crise diplomática marcam ano da Amazônia

Dados do Inpe mostram que desmatamento na floresta saltou para o maior nível para o mês de novembro desde o início dos registros em 2015

Retrospectiva 2019|Do R7

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2019 foi o ano que a Amazônia chamou ainda mais atenção de líderes nacionais e internacionais. A polêmica envolvendo a floresta começou em agosto deste ano, quando o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) divulgou uma pesquisa que mostrava que houve aumento de 88% nos índices de desmatamento na Amazônia em junho em comparação com o mesmo período de 2018
O presidente Jair Bolsonaro questionou a veracidade dos dados do Inpe. Segundo o presidente, a divulgação de informações ambientais pelo Inpe seria prejudicial para negociações comerciais do Brasil. Na época, Bolsonaro disse que “isso atrapalha a gente nesse momento em que estamos nos aproximando dos Estados Unidos, da Coreia do Sul, do Japão. Vamos consolidar o Mercosul, e isso atrapalha a gente. Um dado importante como esse, a pessoa responsável tem que ter certeza do que está falando”
Após a polêmica a respeito dos dados, o diretor do Inpe, Ricardo Galvão, foi demitido. O pesquisador estava no Inpe desde 1970 e cumpria mandato à frente do órgão até 2020. A saída de Galvão gerou grande repercussão por parte de cientistas do Brasil e do exterior. Em agosto, a Amazônia teve uma quantidade de queimadas bem acima da média histórica para o mês. Foram 30.901 focos de incêndio (quase mil por dia) ao longo do mês, ante uma média de 25.853 para o período entre 1998 e 2018
Os incêndios na floresta causaram grande mobilização internacional. O presidente da França, Emmanuel Macron, criticou a atuação do governo brasileiro para conter o desmatamento durante a Cúpula do G7, o que causou tensões entre Macron e Bolsonaro. O presidente brasileiro comentou uma montagem de fotos comparando a aparência da mulher de Macron, Brigitte Macron, com sua mulher, Michelle
A primeira dama francesa agradeceu as mensagens de apoio que recebeu de brasileiros. "Queria apenas dizer (...), já que há câmeras aqui, duas palavras aos brasileiros e brasileiras. Em português: muito obrigada. Muito, muito obrigada a todos que me apoiaram"
No texto da postagem original se lê "entende agora por que Macron persegue Bolsonaro?". O presidente comentou: "Não humilha kkkkk.” Após o comentário de Bolsonaro, Macron afirmou que “as mulheres brasileiras provavelmente têm vergonha de seu presidente. São ataques extraordinariamente desrespeitosos"
A cúpula do G7 chegou a um acordo para ajudar a combater as queimadas na Amazônia: os líderes do grupo — formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido — concordaram em liberar US$ 22 milhões (cerca de R$ 91 milhões) para a Amazônia. O grupo também decidiu apoiar um plano de reflorestamento de médio prazo
Bolsonaro recusou a ajuda do G7 e afirmou que valor era "esmola" oferecida por Macron. O presidente disse que só aceitaria a verba do grupo caso o presidente francês pedisse desculpa pelos "insultos. Depois, o governo retirou a necessidade do pedido de desculpa e disse que aceita ajuda desde que o Brasil tenha autonomia plena dos recursos 
Exército na Amazônia - Queimadas
Em novembro deste ano, a Polícia Civil prendeu quatro pessoas ligadas a ONGs que desenvolvem atividades em Alter do Chão, em Santarém, suspeitas de serem responsáveis por incêndios na região. Na época, Bolsonaro acusou o ator Leonardo DiCaprio de financiar as queimadas na Amazônia. O presidente disse, na porta do Palácio da Alvorada, que “agora, Leonardo DiCaprio é um cara legal, né? Dando dinheiro para tacar fogo na Amazônia”. O presidente deu declaração afirmando que DiCaprio teria feito doações a ONG WWF. O ator, no entanto, negou, dizendo que “embora dignas de apoio, não financiamos as organizações visadas" 
Segundo dados do Inpe divulgados em dezembro, o desmatamento na Amazônia saltou para o maior nível para o mês de novembro desde o início dos registros em 2015. A destruição da maior floresta tropical do mundo totalizou 563 quilômetros quadrados em novembro, 103% a mais do que no mesmo mês do ano passado
O dado coloca o desmatamento total para o período de janeiro a novembro em 8.934 quilômetros quadrados, 83% maior do que no mesmo período de 2018 e uma área quase do tamanho de Porto Rico

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2019 foi o ano que a Amazônia chamou ainda mais atenção de líderes nacionais e internacionais. A polêmica envolvendo a floresta começou em agosto deste ano, quando o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) divulgou uma pesquisa que mostrava que houve aumento de 88% nos índices de desmatamento na Amazônia em junho em comparação com o mesmo período de 2018
O presidente Jair Bolsonaro questionou a veracidade dos dados do Inpe. Segundo o presidente, a divulgação de informações ambientais pelo Inpe seria prejudicial para negociações comerciais do Brasil. Na época, Bolsonaro disse que “isso atrapalha a gente nesse momento em que estamos nos aproximando dos Estados Unidos, da Coreia do Sul, do Japão. Vamos consolidar o Mercosul, e isso atrapalha a gente. Um dado importante como esse, a pessoa responsável tem que ter certeza do que está falando”
Após a polêmica a respeito dos dados, o diretor do Inpe, Ricardo Galvão, foi demitido. O pesquisador estava no Inpe desde 1970 e cumpria mandato à frente do órgão até 2020. A saída de Galvão gerou grande repercussão por parte de cientistas do Brasil e do exterior. Em agosto, a Amazônia teve uma quantidade de queimadas bem acima da média histórica para o mês. Foram 30.901 focos de incêndio (quase mil por dia) ao longo do mês, ante uma média de 25.853 para o período entre 1998 e 2018
Os incêndios na floresta causaram grande mobilização internacional. O presidente da França, Emmanuel Macron, criticou a atuação do governo brasileiro para conter o desmatamento durante a Cúpula do G7, o que causou tensões entre Macron e Bolsonaro. O presidente brasileiro comentou uma montagem de fotos comparando a aparência da mulher de Macron, Brigitte Macron, com sua mulher, Michelle
A primeira dama francesa agradeceu as mensagens de apoio que recebeu de brasileiros. "Queria apenas dizer (...), já que há câmeras aqui, duas palavras aos brasileiros e brasileiras. Em português: muito obrigada. Muito, muito obrigada a todos que me apoiaram"
No texto da postagem original se lê "entende agora por que Macron persegue Bolsonaro?". O presidente comentou: "Não humilha kkkkk.” Após o comentário de Bolsonaro, Macron afirmou que “as mulheres brasileiras provavelmente têm vergonha de seu presidente. São ataques extraordinariamente desrespeitosos"
A cúpula do G7 chegou a um acordo para ajudar a combater as queimadas na Amazônia: os líderes do grupo — formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido — concordaram em liberar US$ 22 milhões (cerca de R$ 91 milhões) para a Amazônia. O grupo também decidiu apoiar um plano de reflorestamento de médio prazo
Bolsonaro recusou a ajuda do G7 e afirmou que valor era "esmola" oferecida por Macron. O presidente disse que só aceitaria a verba do grupo caso o presidente francês pedisse desculpa pelos "insultos. Depois, o governo retirou a necessidade do pedido de desculpa e disse que aceita ajuda desde que o Brasil tenha autonomia plena dos recursos 
Exército na Amazônia - Queimadas
Em novembro deste ano, a Polícia Civil prendeu quatro pessoas ligadas a ONGs que desenvolvem atividades em Alter do Chão, em Santarém, suspeitas de serem responsáveis por incêndios na região. Na época, Bolsonaro acusou o ator Leonardo DiCaprio de financiar as queimadas na Amazônia. O presidente disse, na porta do Palácio da Alvorada, que “agora, Leonardo DiCaprio é um cara legal, né? Dando dinheiro para tacar fogo na Amazônia”. O presidente deu declaração afirmando que DiCaprio teria feito doações a ONG WWF. O ator, no entanto, negou, dizendo que “embora dignas de apoio, não financiamos as organizações visadas" 
Segundo dados do Inpe divulgados em dezembro, o desmatamento na Amazônia saltou para o maior nível para o mês de novembro desde o início dos registros em 2015. A destruição da maior floresta tropical do mundo totalizou 563 quilômetros quadrados em novembro, 103% a mais do que no mesmo mês do ano passado
O dado coloca o desmatamento total para o período de janeiro a novembro em 8.934 quilômetros quadrados, 83% maior do que no mesmo período de 2018 e uma área quase do tamanho de Porto Rico

2019 foi o ano que a Amazônia chamou ainda mais atenção de líderes nacionais e internacionais. A polêmica envolvendo a floresta começou em agosto deste ano, quando o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) divulgou uma pesquisa que mostrava que houve aumento de 88% nos índices de desmatamento na Amazônia em junho em comparação com o mesmo período de 2018

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