O Supremo Tribunal Federal retomou nesta terça-feira (9) o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete réus por tentativa de golpe de estado. Votaram os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino. Eles se posicionaram pela condenação dos oito réus.

Com um voto que passou de cinco horas, Alexandre de Moraes reafirmou a validade da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. O ministro afirmou ainda que os réus utilizaram órgãos públicos para monitorar adversários políticos e desacreditar a Justiça Eleitoral. E destacou que não há dúvidas de que um plano de golpe de estado foi tramado.

O relator exibiu uma apresentação de slides em que aponta Bolsonaro como líder da trama golpista. Moraes concluiu o voto e se posicionou pela condenação de Jair Bolsonaro e dos outros sete réus. Flávio Dino foi o segundo a votar e sinalizou penas menores para Alexandre Ramagem, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira.

Dino também deu um recado claro contra uma eventual anistia, se os réus forem condenados. E reafirmou o que outros ministros têm falado reservadamente: a Constituição não prevê perdão para crimes contra a democracia. A/expectativa agora é pelo voto do ministro Luiz Fux, que vai ser apresentado nesta quarta-feira. Depois dos embates com colegas hoje, integrantes da Corte avaliam que as divergências do ministro podem ser mais maiores que o previsto.

Depois de Fux, os votos de Carmen Lúcia e Cristiano Zanin são esperados para quinta-feira. E a definição de eventuais penas, para sexta-feira.

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Pmdf (Polícia Militar Do Distrito Federal)