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PCDF investiga organizações civis suspeitas de desviarem R$ 20 milhões de recursos públicos

Agentes cumpriram 15 mandados de busca e apreensão nesta sexta; justiça autorizou o bloqueio de R$ 11 milhões da conta dos envolvidos

Tudo do R7|Do R7, em Brasília

Grupo não executava projetos inscritos em editais do governo (PCDF/Divulgação)

A Polícia Civil do Distrito Federal investiga três organizações da sociedade civil por suspeita de desvio de recursos públicos. Segundo as investigações, desde 2019 os três institutos firmaram 31 termos de parceria com o Governo do Distrito Federal para receber, ao todo, um repasse de R$ 20,2 milhões. No entanto, a Polícia Civil identificou que apenas um dos projetos foi executado de forma adequada. A corporação aponta que os envolvidos ostentavam veículos de luxo, objetos de alta grife e viagens internacionais.

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A operação foi realizada nesta sexta-feira (12), e cumpriu 15 mandados de busca e apreensão em diversas regiões da capital do país, como Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Recanto das Emas, Águas Claras e Vicente Pires.

O grupo é investigado pelos crimes de associação criminosa, estelionato, falsificação de documento e lavagem de dinheiro. Caso condenados, os envolvidos podem pegar até 24 anos de prisão.

A suspeita é que o grupo utilizasse empresas fantasmas, principalmente porque a Polícia não identificou as sedes de dois institutos investigados e de nenhuma das empresas envolvidas. Como forma de garantir o ressarcimento aos cofres públicos, a Justiça autorizou o bloqueio de R$ 11 milhões das contas bancárias dos envolvidos.

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As investigações começaram no início de 2023 com uma denúncia anônima que apontou que as três instituições eram geridas pelas mesmas pessoas, embora formalmente pertencessem a donos diferentes. A denúncia apontou que os três institutos contratavam sempre as mesmas empresas para a suposta execução dos projetos para as quais os recursos públicos eram, ao final, repassados.

Polícia suspeita do uso de empresas fantasmas (PCDF/Divulgação)

A Polícia identificou, também, o uso de documento falso e outros meios fraudulentos nos processos de contratação, bem como simulação de pesquisa de preços. Segundo a investigação, após o repasse de recursos públicos aos institutos investigados, de imediato os valores eram transferidos para essas mesmas empresas vinculadas aos gestores das entidades sem fins lucrativas e, de forma rotineira, os projetos permaneciam “parados”.

Foi revelado, ainda, que em alguns dos poucos projetos que chegaram a ser parcialmente executados houve contratação de terceiros, como serviços gerais, segurança, apresentações artísticas e cursos. No entanto, os envolvidos não receberam o pagamento pelos serviços.

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